sábado, 29 de agosto de 2009

Chá

A madrugada de neblina e a caneca de chá quente de limão parecem traduzir exatamente o que sentia Amarante enquanto cantava a música Pássaros. Aqui é tudo o que há, agora é o tempo, a neblina é o forro acolchoado da bolha particular. A certeza de que o depois e o agora se fundem em um só é quase tangível, não fosse pela leve incerteza que paira no ar. O pensamento, que quase nunca fica em casa, hoje parece se esconder no ninho.
O chá quente de limão. Ah, o chá quente de limão. Tão quente, tão reconfortante. Como um filtro, põe-se misturado às ondas sonoras; a música parece ter sido feita para ele, e ele para a música. Um bom casamento, uma quase epifania.

3 comentários:

Weiss disse...

Clarice Lispector mais bonita, você é.
Texto inebriante, devo dizer.
Adoro-te, psicóloga-irmã.

Ricardo dos Primatas disse...

olá, esse chá continha açúcar mais do que o normal? Por que o texto me pareceu tão doce. ;)
Um doce momento!
Beijão Jú fofa!

Luiz K. disse...

=)

Devaneios necessários