A madrugada de neblina e a caneca de chá quente de limão parecem traduzir exatamente o que sentia Amarante enquanto cantava a música Pássaros. Aqui é tudo o que há, agora é o tempo, a neblina é o forro acolchoado da bolha particular. A certeza de que o depois e o agora se fundem em um só é quase tangível, não fosse pela leve incerteza que paira no ar. O pensamento, que quase nunca fica em casa, hoje parece se esconder no ninho.
O chá quente de limão. Ah, o chá quente de limão. Tão quente, tão reconfortante. Como um filtro, põe-se misturado às ondas sonoras; a música parece ter sido feita para ele, e ele para a música. Um bom casamento, uma quase epifania.
sábado, 29 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Miriê, a margarida
Miriê não gostava de muitas pessoas. Não que desgostasse da maioria delas, apenas não gostava de estar em meio a muitas. Na verdade, até então nenhuma tinha realmente a atraído, mas isso nunca havia sido problema para ela.
Certo dia, cuja manhã era azul e de traços leves, um passarinho maldoso pousou em sua janela e disse-lhe que aprendesse a gostar das pessoas antes que terminasse sozinha como uma pedra esquecida no meio do caminho.
Enquanto bordava seu vestido favorito, o cérebro de Miriê foi permeado por essas palavras, como uma esponja, e ela ficou tão preocupada que já não sabia o que fazer. Então, como fuga, foi logo encontrar seu amigo da rua de cima, homônima de um peixe qualquer.
Seu amigo sempre foi muito atencioso e compreensivo, por isso ela não hesitava em contar-lhe o que quer que fosse. Ele costumava amarrar um cordão a seu pé quando ela estava prestes a perder o controle e sair voando.
Carinhosamente, ele a ouviu, e quando ela terminou, ele esboçou um sorriso e disse, olhando em seus olhos, em tom desafiador:
- Não seja boba, Miriê!
Foi então que, ouvindo aquela voz estranhamente confortável e encantadora, ela percebeu que não precisava mais se preocupar, que seu coração, definitivamente, não era feito de ferro.
Certo dia, cuja manhã era azul e de traços leves, um passarinho maldoso pousou em sua janela e disse-lhe que aprendesse a gostar das pessoas antes que terminasse sozinha como uma pedra esquecida no meio do caminho.
Enquanto bordava seu vestido favorito, o cérebro de Miriê foi permeado por essas palavras, como uma esponja, e ela ficou tão preocupada que já não sabia o que fazer. Então, como fuga, foi logo encontrar seu amigo da rua de cima, homônima de um peixe qualquer.
Seu amigo sempre foi muito atencioso e compreensivo, por isso ela não hesitava em contar-lhe o que quer que fosse. Ele costumava amarrar um cordão a seu pé quando ela estava prestes a perder o controle e sair voando.
Carinhosamente, ele a ouviu, e quando ela terminou, ele esboçou um sorriso e disse, olhando em seus olhos, em tom desafiador:
- Não seja boba, Miriê!
Foi então que, ouvindo aquela voz estranhamente confortável e encantadora, ela percebeu que não precisava mais se preocupar, que seu coração, definitivamente, não era feito de ferro.
terça-feira, 23 de junho de 2009
derramar no céu
sábado, 13 de junho de 2009
ando sem inspiração ultimamente. estava mais feliz quando conseguia passar pro real o que eu encontrava do lado de dentro. na verdade, eu ando um poço de sentimentos, a ponto de achar que não tenho nenhum. não sei o que fazer, e não saber me deixa terrivelmente incomodada. Should I still waiting or am I wasting time?
ah, sei lá, no nosso tempo, 17 anos era época de fazer besteira, né tio, hahaha.
ah, sei lá, no nosso tempo, 17 anos era época de fazer besteira, né tio, hahaha.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
dia branco com luz acesa
Hoje, sem dúvida alguma, é o tipo de dia em que o que há de mais perfeito para se fazer é se fechar na concha e trazer um convidado, para ficar de meias, descobrindo o infinito particular. Concordo que todo mundo precisa de um dia de sol para encontrar aquilo que sempre quis, porém, só um dia branco de luz acesa para encontrar a si mesmo.
Ou não, talvez eu esteja generalizando, odeio generalizar.
Ou não, talvez eu esteja generalizando, odeio generalizar.
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